Faby Ribeiro no Museu: Visitando o Museu da Gente Sergipana



 
Oi queridos! Essa semana que passou, dia 28.03, eu visitei o museu da Gente Sergipana, localizado aqui em Aracaju, Sergipe e gostei muito. Logo que você entra é muito bem recepcionado, e recebe o roteiro do Museu sendo informado das exposições permanentes e temporárias (sim, sempre tem outras exposições lá no Museu, ou seja, você não viu tudo, porque as temporárias sempre mudam, claro), por falar em mudanças, o Museu da Gente Sergipana é interativo, em todos os ambientes você participa, conversa, anda, se mexe (eu pulei amarelinha, acreditem, pulei mesmo!)
 
A primeira parada é no espaço Nossas Feiras, que há explicações sobre o que é vendido nas feiras, e os nomes que são usados na Região,  tipo a Jereré (instrumento usado para pescar), arumbeba (um tipo de peneira), o candeeiro (chamado aqui de fifó)... 



Além disso, o visitante interage com o José,  holograma do Pierre Feitosa, artista sergipano. Bati altos papos com ele, o holograma, que tentou me vender alguma coisa, incluindo babosa

 
“- É bom pro cabelo!”

Não discuto, babosa é bom pro cabelo mesmo.

Logo mais, antes de ir ao outro ambiente, existe um mural cheio de palavras regionais.



 
Fiquei encantada, com este mural. Quem desenhou e criou teve grande sensibilidade como todo o Museu, então na minha cabeça formaram duas palavras: GENTILEZA (no atendimento) e SENSIBILIDADE. Continuei caminhando...

 
A próxima parada foi na sala da Fauna e da Flora da Região, com murais explicando cada uma e um túnel ... Ah! O Túnel!!! A única coisa que  não pude fotografar. Por causa dos refletores, me informam que não é permitido fotografia, eu no meu discernimento, creio que o túnel é para ser sentido,  mas ficou gravado na minha memória o que humildemente tentarei descrever a sensação:
Na luz baixa entre dentro de um barquinho para conhecer os ecossistemas que são apresentados todo em 2D. A Região Agreste, A Região do Alto Sertão com os Cânions, A Região do Manguezal, A Região das praias, Mata Atlântica, Caatinga (bioma que só existe aqui no Brasil, e em nenhum outro lugar do mundo). Enquanto passeia no barquinho, abra bem os olhos para fotografar mentalmente a beleza que existe, a exemplo do guaiamum, o aratu, veado catingueiro, baleia jubarte, tartarugas, saracura do mangue  e que existia (me foi informado que a ararinha azul, infelizmente, não existe mais solta na mata), mas também feche os olhos para concentrar-se nos sons dos animais, no som da água... Nesse itinerário pensei em uma palavra: PAZ.
A tecnologia utilizada é a mesma do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Só existe em 04 estados, Sergipe é um deles :)
O tour continua pelas especiarias sergipanas na sala Nossa Culinária, que em uma das paredes existem grandes  pratos, joguinhos para cuidar da horta (não me sai nada mal) e em uma grande panela, o visitante mistura ingredientes que formam pratos. Eu cozinhei virtualmente e tive fome rs



 
Ao lado, existe a midiateca com um acervo virtual vasto.


Na parede, um grande mural chamado Renda do Tempo, a cronologia histórica foi colocada em uma renda que , ao que me é informado, possui 8m, inteira, sem emendas.


A emenda que é vista, é do vidro. As bordadeiras de Divina Pastora  bordaram exclusivamente para este fim: A Renda do Tempo. Nisso eu pensei em 2 palavras: MEMÓRIAS e RESPEITO. Se eu respeito a memória das pessoas e dos fatos, existe outra palavra: HISTÓRIA, que é viva somente quando  é contada.

Nessa sala, conheci um pouco do trabalho do artista Arthur Bispo do Rosário, originado de Japaratuba:


 
“Eu sou como um beija-flor, nunca pouso, vem que eu vou te mostrar quem eu sou...”
 “Sabia, eu já fui transparente, mas eu sou cheio de cores. E agora como você me vê? Conseguiu ver a cor da minha alma? De que cor você me vê hoje?”
Ele também está virtualmente na sala intitulada Nossos Cabras, juntamente com outros artistas que fizeram história e um manto para homenageá-lo feito pelas bordadeiras de Sergipe, encontra-se exposto no espaço Nossos Marcos.


É nessa sala que tem a amarelinha que eu pulei, e que em certo momento, que você tira o dado de pano, a amarelinha ilumina-se com uma das festas... Você se pega SURPREENDIDO.

 
Logo mais, Na Sala Nosso Folclore tem o espaço Nossas Coisinhas, com um mural cheio de miudezas... Comida para os olhos. Horas e mais horas não seriam suficientes para apreender tudo.


 
Mas antes disso existe o espaço Nossas Praças com todas as praças de Sergipe. Gire o carrossel se quiser vê-las. O Carrossel de Tobias, o boneco Tobias, que curiosamente não está alí. Me é informado que ele vai vir depois de restaurado, eu digo: é o certo. Alguém precisa cuidar do carrossel, nada mais justo que o seu próprio dono: O Tobias.


 
Saindo dalí, o Espaço Nossas histórias, o próprio corredor, auto explicativo, que ilumina-se conforme o caminha , conta a história econômica de Sergipe...


Meu irmão, Fabrício Ribeiro, passageiro comigo nessa aventura suspira: “Nossa história é muito rica”, eu concordo com a cabeça enquanto vou lendo: açúcar, fumo, palhas, madeira, algodão... e esbarro nos Nossos Cabras, alguns dos que fizeram a história de Sergipe...



No andar inferior, palavras estão expostas, acervos virtuais, Exposição sobre o prédio que hoje abriga o Museu, foi no ano de 1926, iniciado com o Atheneu, Colégio Sergipense que eu estudei (muitas décadas depois)... Reconheço-me! Na verdade, nessa aventura, eu já havia me reconhecido.




Passo na Sala do repente, e por um dia sou repentista... Ao lado tem a sala do cordel... Não deixe de participar dessas experiências

 
Paro na Loja da Gente, existe uma loja no Museu da Gente Sergipana, cheia de miudezas que podem ser adquiridas, tudo produto da terra, e penso em uma palavra: VALOR, não só o monetário, mas o das raízes, é preciso dar valor ao que é seu.

 
Lembram-se da fome que senti  na Sala Nossa Culinária? Vou até o Café da Gente, que é hospitaleiro e muito bem decorado, genialmente decorado: Os quadros são mudados de tempos em tempos, é outra exposição, os dessa visita, foram da exposição Êxodo, de Gabi Etinger e Victor Balde. Converso com a atendente, batemos um bom papo... O próprio ambiente é convidativo a isso.

 
Passo pelas exposições temporárias. Agradeço o atendimento.  Despeço-me com um até logo e saio com uma palavra na cabeça: PERTENCIMENTO.




 
 

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